Graças ao Tratado de Livre Comércio empresas do mundo inteiro montaram fábricas no México, na fronteira com os Estados Unidos. Com mão-de-obra barata e isenção de impostos, estas companhias fabricam produtos a baixo custo, que são vendidos nos Estados Unidos. Nas mais de mil fábricas de Juarez um televisor é fabricado a cada três segundos e um computador a cada sete. As fábricas contratam mulheres, que aceitam salários menores e reclamam menos dos expedientes longos e condições ruins de trabalho. Muitas fábricas operam 24 horas por dia. Muitas mulheres são atacadas a caminho do trabalho ou de casa, tarde da noite ou no início das manhãs. As companhias não garantem a segurança dos funcionários e várias mulheres foram mortas em Juarez. Com este quadro o editor-chefe do Chicago Sentinel, George Morgan (Martin Sheen), envia para lá a repórter Lauren Adrian (Jennifer Lopez), que não queria fazer a matéria e só concordou em ir pois, se fizer um bom trabalho, terá chance de ser correspondente estrangeira. Ao chegar entra em contato com um repórter com quem já trabalhou, Alfonso Diaz (Antonio Banderas), que agora é o editor de El Sol, um jornal que não aceita a “versão oficial” sobre as mortes que acontecem na região. Diaz diz para Lauren que 375 mortes é só mais uma mentira da polícia, pois na verdade quase 5 mil mulheres já morreram. A situação fica muito tensa quando uma jovem de 16 anos, Eva Jimenez (Maya Zapata), é atacada. Seus agressores pensavam que estava morta e agora ela pode testemunhar sobre quem tentou matá-la. Lauren faz tudo para protegê-la, inclusive da polícia, mas alguns não ligam a mínima para a situação de Eva e das mulheres de Juárez.